ainda alguns cactos, um dos quais, de ramos achatados e cheios de espinhos perigosos, produz grandes flores amarelas cor de limão, de par com frutos piriformes, violáceos e de sabor bastante agradável. Em volta de todas as moradias novamente encontrávamos aquela mesma leguminosa que já havíamos admirado no jardim de Gorée. Finalmente, víamos por toda parte mamoneiras arborescentes, enquanto aqui e ali fazia-se notar uma Euphorbia, igualmente lenhosa.
No dia seguinte, deixamos muito cedo o brigue e acompanhados de alguns oficiais, dirigimo-nos para a costa do reino de Haann, país nesta ocasião em guerra com Dacar; alguns dos nossos fizeram uma excursão até a aldeia de Belair. Todos esses pontos demasiado se parecem com a vila de Dacar para que sobre eles tenha de estender-me; direi apenas que o primeiro estabelecimento visitado estava situado em escarpada elevação e não era constituído por mais de cinco ou seis casas, rodeadas de acácias.
A seguir, perdemo-nos com alegria pelos campos, entregando-nos à busca dos produtos naturais da região. Preveniram-nos que haveríamos de encontrar muitas cobras, mas uma só não se apresentou aos nossos olhos. Em compensação, os Gecarcinus, ou caranguejos terrestres, conhecidos vulgarmente por tourlourous, abundavam em extremo. Uma das pessoas que nos acompanhavam, não tendo notado que eles entravam lateralmente nas tocas, concluiu, muito seriamente, que habitavam buracos menores que eles próprios. Se foi coisa fácil fazer grande carnificina desses infelizes caranguejos, o mesmo não aconteceu com uma espécie de ave noturna, que de longe podia ser tomada por corvo, mas que nos foi impossível examinar de perto. Havendo um dos companheiros de viagem atirado num grande lagarto que avistamos por entre as pedras, afirmou-nos tê-lo visto cair, ao passo que eu estava certo de o haver