ao entrar no termo de Santa Cruz, onde se junta ao Corumbá, após um curso de vinte léguas.
O rio do Peixe tem suas nascentes ao norte dos Pireneus, a seis léguas de Meia Ponte, na vertente oposta à que dá origem ao rio das Areias. Corre para oeste, banha o pequeno povoado do mesmo nome, situado na margem sul, e desemboca no rio das Almas, depois de ter recebido, através de um curso de doze léguas, os rios Miguel Ribeiro, Matamatá, Gago, Dois Irmãos e Santa Família.
O rio do Ouro nasce na cadeia principal, a oeste dos Pireneus; corre para o sul, paralelamente ao rio Congonhas, que ele recebe depois de se ter engrossado com as águas de vinte e um ribeirões; mais tarde, tendo recebido o concurso de mais trinta e cinco afluentes pequenos, lança-se no Corumbá. Tem cinco léguas de curso, é em parte navegável e abunda em peixe. Há ouro nas areias de seu leito.
O rio Verde nasce a oeste dos Pireneus, na contravertente do rio dos Macacos; servindo, como este último, de limite entre os julgados de Meia Ponte e Santa Luzia. Depois de um curso de doze léguas em direção ao norte, recebe o rio de Oliveira Costa, tornando-se então navegável, até a sua foz, no rio Maranhão.
O rio de Oliveira Costa nasce ao norte dos Pireneus, próximo ao rio das Areias e ao rio do Peixe; corre para o norte, recebendo os rios Funil, de quatro léguas de curso, e o Cocalinho, de três léguas. Destes dois rios, o primeiro recebe doze regatos, e o segundo, oito. Assim avolumado, o rio de Oliveira Costa vai desaguar no rio Verde, após um curso de oito léguas e com uma largura de sete braças. As águas deste rio arrastam ouro; mas suas margens vivem infestadas de tantos mosquitos e borrachudos, que ainda não se pôde desbravar as belas matas nelas existentes.