sido o ponto favorito dos célebres viajantes Spix e Martius, durante sua estada em Barra, em 1818(348). Nota do Tradutor Von Martius sentiu-se tão profundamente impressionado por sua mágica beleza, que comemorou a sua visita fazendo um esboço do cenário, como fundo de uma das pranchas de sua grande obra sobre as palmeiras.
Eram, contudo, pouco abundantes as aves e insetos no meio destas encantadoras cenas silvestres. Fiz muitas vezes o percurso de Barra à cascata, cerca de duas milhas pela estrada da mata, sem ver ou ouvir uma ave, e encontrando, quando muito, uns vinte coleópteros e lepidópteros. Nas brenhas menos densas da orla da mata, viam-se diariamente algumas pequenas trepadoras verdes e azuis do grupo dos Dacnidae, alimentando-se de bagas(349) Nota do Tradutor e havia na mata algumas aves muito vistosas. Mas estas últimas eram tão raras, que só as consegui obter empregando um caçador nativo, o qual costumava gastar um dia todo e ir muito longe para caçar dois ou três espécimens. Por este modo obtive, entre outros, exemplares do Trogon pavoninus (o surucuá grande dos naturais), formosíssima criatura de fofa plumagem verde-dourada, peito vermelho e bico alaranjado;(350) Nota do Tradutor