Estrada de Ferro Madeira-Mamoré: história trágica de uma expedição

presidente Belzu levara a Bolívia a romper tratados, responder a protestos de ministros estrangeiros com a expulsão do país e o Ministério das Relações da Inglaterra a declarar que a Bolívia não mais seria considerada como nação civilizada, estavam de novo no supremo controle de seus destinos.

A Bolívia, o "altar sobre o qual primeiro se derramou sangue em prol da liberdade, o pais onde pereceu o último tirano" na demorada luta que a América do Sul manteve pela independência, a Bolívia em toda a grandeza de seu passado e as enormes possibilidades de seu futuro, a Bolívia com seus recursos inexplorados que poderiam conquistar-lhe posição de domínio no comércio sul-americano, era mais uma vez vítima de um usurpador sem consciência que traía os seus mais elevados interesses.

O Coronel Church ganhou todas as pendências, nos tribunais ingleses, em que teve de se defender antes da revogação da concessão boliviana, e, mesmo depois disso, havia conseguido uma decisão favorável com relação a provas apresentadas por seus adversários, mas, depois, o próprio governo da Bolívia desacreditou seu agente financeiro, destruiu a só garantia que existia para o reembolso do empréstimo por ela contraído, tornou impossível ao Coronel Church defender seus planos contra a avareza dos especuladores londrinos e adiou para futuro bastante remoto a utilização dos rios Amazonas e Madeira como estrada para escoamento do comércio boliviano.

Para completar a destruição de todas as esperanças longamente acariciadas por quase todos os grandes estadistas que até então haviam surgido

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