APÊNDICE
A NAVEGAÇÃO DO RIO MADEIRA
Sem dúvida, grande parte das dificuldades experimentadas durante a viagem do "Mercedita" até Santo Antônio, foram devidas, não tanto à pouca profundidade do canal, mas à falta de cartas que indicassem com precisão por onde corria ele. Em fevereiro e março de 1878, as águas do Madeira deveriam estar cerca de 30 pés acima de seu nível mais baixo, e calando, o "Marcedita", apenas 18, não deveria haver obstáculo sério à sua marcha. Pode-se facilmente compreender que os pilotos nacionais, os quais, através da experiência, conheciam todos os trechos do rio com mais de 10 ou 12 pés de água, ainda assim poderiam não conhecer os limites mais restritos do canal por onde poderiam passar vapores cujo calado atingisse a 18 pés.
A primeira tentativa para levantar o mapa do canal do Madeira, abaixo de Santo Antônio, foi feita pelos Srs. R. H. Hepburn e George M. Keasby, a bordo do rebocador "Brasil", em 1878. De acordo com as instruções de Mackie, Scott & Co., esses cavalheiros fizeram milhares de sondagens e examinaram cuidadosamente todos os pontos do rio onde a navegação era perigosa ou difícil. A carta original, feita pelo Sr. Keasby, em duas folhas, acha-se sobre nossa mesa de trabalho, no momento em que traçamos estas linhas. A escala é por demais reduzida para indicar mais que algumas das numerosas sondagens efetuadas, mas o canal mais profundo está definitivamente assinalado e muitas notas à margem indicam os obstáculos