até o pico saliente do Itacolomi, a uma altura de cinco mil setecentos e vinte pés.
O observador inicia suas pesquisas na extremidade ocidental de Vila Rica, na grande lavra do Velôso, que já produziu alguns milhões de cruzados. Atualmente, porém, já não permite mais um serviço racional, em virtude de uma exploração ambiciosa, que a inutilizou quase que por completo.
Já aqui o pesquisador adquire uma noção do método de exploração chamado de talho aberto, além de ver com seus próprios olhos como a rocha, desagregada à força pelas águas, é recolhida a quatro grandes mundéus e como as pedras são fragmentadas pelos escravos, pulverizadas e, em seguida, lavadas. A mais, observa ainda a lavagem da formação aurífera nos mundéus e o processo de apuração final do ouro.
Vê, também, o morro rasgado e lavado pela água e os grandes blocos de rocha a rolar impetuosamente pelo morro abaixo, a um pequeno impulso, oferecendo à vista um novo aspeto geológico, até então oculto pelas massas despenhadas.
A tapanhoacanga cobre, como se fosse uma capa, o xisto hematítico (itabirito) subjacente, cujas camadas paralelas de quartzo aurífero são aqui e ali trabalhadas pelos mineiros. O itabirito repousa sobre o quartzo-itacolomito(239), Nota do Tradutor com o seu quartzo aurífero e as carvoeiras. Como substratum se apresenta o xisto argiloso desprovido de ouro, sem nenhum interesse para o pesquisador.
No alto da serra, denominada da Cachoeira no local, foram abertos pelos pobres escravos, por ordem dos ricos proprietários, canais na rocha viva. Esses regos conduzem a água para grandes depósitos,