de onde ela se precipita com violência sobre as formações desagregadas previamente. As partes mais finas são recolhidas nos mundéus, enquanto as pedras maiores são atiradas no vale, onde corre o ribeirão de Ouro Preto.
Nessa lavra, outrora, trabalhavam algumas centenas de escravos. Em 1815, entretanto, somente trinta e quatro homens decrépitos eram empregados nos serviços, cuja produção em todo o ano não ultrapassava de cento e cinquenta oitavas de ouro.
Se prosseguir desse lugar em direção leste, perlongando a mesma serra, topa-se com as seguintes lavras importantes, conhecidas sob diversas denominações, todas numa faixa que não ultrapassa de uma légua de extensão:
Lavra dos Pellurios, no Morro de São Sebastião; Lavra do Padre Viégas, no Morro de Santa Ana; Lavra do Moreira, no Morro da Piedade ou Água Limpa; Lavra do Padre Bernardo, no Sumaré; Lavra do Padre Bento, hoje Tenente Coronel Maximiano, no Morro de Santo Antônio da Passagem.
Além dessas, encontram-se ainda as explorações de numerosos pequenos proprietários, na maior parte, porém, abandonadas.
Os grandes proprietários, de quais nenhum, porém, possui mais de doze escravos em serviço, exploram suas lavras pelo método do talho aberto, ao contrário dos pequenos, que o fazem por meio de galerias e poços.
Assim, o morro se apresenta com profundas escavações e grandes blocos rolados. No morro das Lages, ao contrário, vê-se o itacolomito completamente despido da crosta de tapanhoacanga e itabirito sobrejacente, levada pelas lavagens. Às vezes, não se pode