Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 2

O número total de escravos ocupados nas lavras, em 1815, não excedia de cento e cinquenta. A produção delas, segundo a estimativa dos fiscais da época, foi de apenas mil setecentas e trinta e três oitavas e um quarto. A produção dos duzentos e oitenta faiscadores e numerosos escravos que trabalhavam aos domingos e dias santos por conta própria foi de dezesseis mil cento e noventa e seis oitavas e três quartos, toda ela trocada por dinheiro nas Casas de Permuta.

Vê-se claramente que a produção das lavras, cujo número era, na época, de vinte e quatro, foi subestimada, enquanto que a dos faiscadores foi exagerada. Para chegar a esta conclusão basta considerar que não era possível saber com segurança se faiscadores e mesmo mineiros de outros distritos trocaram também seu ouro nas Casas de Permuta de Vila Rica.

A lavra do Coronel Veloso e a do Padre Bento, no morro de Santo Antônio, ambas na mesma cadeia de montanhas, eram as que gozavam sempre de maior fama(241). Nota do Autor

A primeira arruinou-se em virtude da má administração, ao contrário da última, que se mantém próspera, sobretudo depois que instalei ali um pilão de socamento hidráulico. Esta lavra está localizada no extremo ocidental da serra, acima do arraial da Passagem.

A serra, nesse ponto, se abaixa cerca de cem pés. Possui a vantagem de permitir a condução de água até

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