Ensaios de geografia linguística

Nessa expedição, registrada em 860, descendo 200 barcos seus o Dnieper até o mar Negro, passaram o Bosforo, alcançaram Constantinopla. Tornaram-se, depois do ataque ao Império Grego, vindos do Oriente, os mais válidos soldados desse Império.

Em 885, assediaram Paris, oriundos de vários pontos: do Loire, do Escalda e subindo o Sena, quando tomaram Rouen e Pontoise. Acometida a Capital dos Francos, assediada durante dez meses, apresentava-se ela então sob o aspecto garrido de 700 barcos vistosos em bloqueio fluvial sobre uma extensão de duas léguas, e de tendas dos acampamentos inimigos, que impediam a seus habitantes a saída fora das suas portas.

Vencedores demandaram a Borgonha, sendo concedido ao viking Sigfredo devastar toda a região da Champagne. Em 888, batidos, deixaram por campo mais ativo de suas façanhas a Argonne, a Bretanha e as Flandres. Voltaram-se então contra a Inglaterra, mas já radicados à região neustriana, e definitivamente, pelo casamento de Giselda, filha de Carlos, o Simples, com Rolf ou Rollo, fundador do ducado da Normandia. Consolidaram essa união e essa posse: o tratado de Saint-Clair-sur-l'Epte, de 912; a paz que por cerca de 30 anos permitiu dar execução às severas leis de Frodi, o Pacífico, aplicadas aos exércitos em guerra; o trabalho agrícola em terras fecundas e de melhor clima.

Nos meados do décimo século, o viking Haroldo, trazendo levas de invasores a bordo dos seus snekkars e drakars, criava com esse acontecimento uma nova fase nacional. Mais de um conquistador — argue de la Roncière — tomou mulher na Neustria e os filhos de normandos e neustrianas aprenderam a língua materna, salvo termos inacessíveis à mulher, ou a linguagem dos marinheiros, piratas e pescadores. E acrescenta

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