Ensaios de geografia linguística

em todos os territórios meridionais da Itália, conquistas estas que alargavam até 1085.

Em 1066, voltavam a atacar a Inglaterra. A conquista de Messina e de Palermo reporta-se a 1060 e 1071. E como o Mediterrâneo se tornava o domínio clássico da marinha de guerra, eles, mais marinheiros que soldados do mar, tiveram que aprender com os árabes as partes técnica, administrativa e militar dos estabelecimentos navais, das frotas ou esquadras. E assim, seria principalmente através da Sicília mais que da Espanha, — segundo o autor da História da Marinha Francesa, — que os conhecimentos dos árabes em náutica, em geografia e em astronomia se divulgavam no mundo latino, afora as ciências bélicas e artes marítimas com o emprego do fogo lançado pelas zarabatanas, da agulha imantada ou calamita e das cartas de navegação (13)Nota do Autor tomo I, pgs. 135, 136.

As expedições vindas da Normandia com os primeiros cruzados tinham por escala forjada, antes de alcançados os estados normandos da Sicília, os portos do pequeno reino francês de Portugal, fundado em 1095 pelo conde Dom Henrique, príncipe da Borgonha.

Dois anos talvez fossem passados quando a frota flamenga-normanda, sob o comando de Guinimer, buscava as águas tejanas, como outras expedições vikingas ousadamente o haviam feito. Essa frota percorreria durante oito anos o mar Mediterrâneo e ajudaria aos companheiros de Godofredo de Bouillon na posse de Tarso e de Laodicéa.

Ensaiava então Portugal sua marinha de galés e galeotas, de remos e velas, operando próxima ao litoral e na colheita dos portos contra os mouros.

Em 1147, cento e sessenta e quatro navios guarnecidos de soldados da Cruz de Cristo, — normandos,

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