Ensaios de geografia linguística

alemães, flamengos, anglo-normandos —, entravam a 28 de junho no belo rio que banha Lisboa.

O Duque da Borgonha Dom Affonso I, rei de Portugal, valendo-se de ser príncipe de origem francesa, solicitou-lhes combater os infiéis muçulmanos que o assediavam.

A gente de Boulogne, de Cologne e de Flandres, designada sob o nome genérico de Francesa, acampou ao leste da cidade. Os anglo-normandos ocuparam os arredores do oeste, de onde haviam expulsado os mouros.

Oito navios patrulharam o rio. De fronte à porta da cidade aberta para o Tejo, armou-se um de seus engenhos de guerra a secundar a ação de outro que lançava blocos de pedra imensos contra uma das outras portas de Lisboa. E apertado o assédio, vitoriosos os Cruzados, partilhando os despojos dos vencidos, seguiram a buscar águas do Mediterrâneo, destino da Síria.

Em 1180 e 1182, Dom Fuas Roupinho saía só com sua força naval a bater as galés mouriscas que interceptavam comunicações marítimas com o Tejo. Mas ao tempo de Dom Sancho I, em 1188, para ser retomada a praça de Silves aos maometanos, tiveram os lusitanos de pedir auxílio, apesar da sua frota de 40 galés e galeotas, a uma armada de mais de 50 navios holandeses, flamengos, alemães e dinamarqueses, a qual, indo para o Mediterrâneo, aportara a Lisboa, aonde seus generais se concertaram com El-rei em lhe prestarem todo o auxílio para aquela empresa, dando-se-lhes todo o despojo no caso de conquista(14)Nota do Autor.

Daí seguiram os vencedores a destruir Cadiz e a ganhar o porto de Marselha.

Marinheiros nórdicos e lusitanos mais uma vez curtindo juntos os rigores da guerra, participando das mesmas

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