Já instalados na costa setentrional da África, estenderam seu poderio marítimo até o Mediterrâneo oriental. Rivais depois dos venezianos e favorecendo aos Paleólogos na destruição do Império Latino, os genoveses cresceram de prestígio militar e político, à proporção que dominavam o comércio do Levante.

No Oriente, eles se haviam poderosamente estabelecido no mar Negro, donde os venezianos não os haviam podido expulsar durante a guerra de Kaffa (1350-1355). Kaffa, capital da Crimea, populosa e rica, era a porta de todos os caminhos da Ásia. De Kaffa, os genoveses penetraram até o mar Cáspio e por essa via recolhiam todo o comércio do império mongol. Por aí vinham as sedas da China, das quais as velhas famílias de Gênova guardam ainda ciosamente restos preciosos(15)Nota do Autor.

Tal se tornou seu poderio no Oriente e no Mediterrâneo, que lhes foi concedida a liberdade de comerciar no Império Grego, nos bairros de Constantinopla, Pera e Galata, o que lhes facilitou fundarem grande número de feitorias, se apoderarem de Tana (Azof) e de Kaffa (Teodósia), firmarem-se no golfo de Smirna, assim como nas ilhas de Chios, Samos e Chipre, assinarem tratados com a Armênia, oporem-se em todas as partes aos venezianos(16)Nota do Autor.

E se toda a especiaria, finos tecidos e riquezas ambicionadas, eles traziam desses portos para os da Europa, para enriquecimento de sua grei, em compensação seus conhecimentos náuticos se tornariam maiores ao contato da ciência árabe deixada na Sicília, conhecimentos de que eles se fizeram arautos através principalmente das relações políticas, militares e comerciais