descrever o rio das Amazonas e sua navegações e descobrimentos no livro Paraíso no Novo Mundo conta, embora mais brevemente que o nosso manuscrito, a primeira viagem de Pedro Teixeira, ajuntando: — De que o P. Alonso de Rojas da Companhia de Jesus escreveu uma Relação que chegou às minhas mãos, embora sem o mapa que vinha com ela. — Acrescente-se a tão autorizada notícia que a relação delicada ao conde de Castrillo veio ter às mãos de D. Martin de Saavedra por intermédio de Quito e que nesta cidade residia, e talvez nessa ocasião já fosse reitor do Colégio Máximo, o padre Rojas, e que o original de que nos servimos tem a cifra e selo da Companhia de Jesus, e se veja se tudo isso não induz e convida a pôr debaixo da epígrafe da viagem de Pedro Teixeira o nome daquele religioso".
Quanto ao mapa que acompanha o citado manuscrito, e do qual damos aqui uma reprodução, é atribuído por Fr. Laureano de la Cruz a Bento da Costa, brasileiro e piloto da armada de Pedro Teixeira, opinião com que se conforma Jimenez de la Espada, acreditando que o referido mapa foi depois apenso ao manuscrito, uma vez que o mapa original, como dizem todos os autores que a ele se referem, já não existia.
Esse manuscrito foi publicado pela primeira vez por Jimenez de la Espada em 1889. Achei que seria muito interessante juntar às duas crônicas dos padres Carvajal e Acuña esta narrativa da subida do rio, principalmente para que se observem os capítulos de que se serviu Acuña na sua obra e, como diz Jimenez de la Espada, são mais uma prova de que tal narrativa é de autoria de um Jesuíta, tendo sido encontrada por Acuña nos arquivos da Companhia. E talvez tivesse tido autorização expressa do seu irmão da Companhia para dos mesmos se aproveitar.