única de aço do general Rondon, dentre os quais preciso destacar ainda o livro intitulado "Missão Rondon", edição única de 1916 e repleta de gravuras, constituído por uma série de artigos publicados pelo "Jornal do Commercio", do Rio de Janeiro, e onde estão reunidos os mais bem delineados apontamentos sobre os trabalhos da "Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas" e sobre exaustivo labor sertanejo de Rondon desde 1890. Existem, finalmente, em escala menor quanto à importância do trabalho, as modestas "Impressões da Comissão Rondon" publicadas pelo autor destas linhas (1921-1922).
Forçoso, porém, é confessar que a vastidão do assunto permite ainda que muita coisa se conserve inédita e apresente este interesse ligado ao que despertam os fatos em si mesmos, como material ainda inexplorado e digno de figurar nas narrativas aqui em projeto, incolores e mirradas na forma, à semelhança da minúscula arborização dos incultos chapadões dos Parecis onde andei, mas certamente lidas com prazer por todos aqueles que se ufanam de ser brasileiros e sabem dar valor aos seus pró-homens como Rondon e às obras que titãs como este realizam em seu caminho triunfal para a imortalidade!
Além disto, abstendo-nos mesmo da curiosidade empolgante dos assuntos inéditos, há muita coisa publicada em relatórios que possuo, mas cuja vulgarização não tem sido incentivada pelo governo, e onde na maior parte dos casos se presta exclusiva atenção aos dados materiais estritamente circunscritos às quilometragens concluídas e aos capítulos da despesa realizada... O lado moral, o lado heroico, o prisma sob o qual pudesse a nação aquilatar das dificuldades vencidas e dos sacrifícios empregados para chegar a essa quilometragem aritmeticamente contada e reduzida a mapas e a esquemas, são faces da questão votadas ao silêncio, ao desprezo e quiçá mesmo ao ridículo dos homens de gabinete, incapazes de aguentar alguns meses de sertão...