À margem da História do Brasil

a empreitada. Destarte, a aggessividade da terra e do índio reforçava aquele impedimento.

Mas, depois da dominação espanhola, transmuta-se a situação da Colônia. Clandestina até 1580, a influência espanhola nos sertões paulistas torna-se depois franca e pública, aproveitando como foi, de comum acordo, o caminho de penetração ao Paraguai, em sentido inverso àquela trajetória ousadíssima com que o alemão Schmidel alcançara o Atlântico, partindo das margens do Paraná.

Reporto-me a dados detalhados e insofismáveis endossados por Affonso de E. Taunay a maior autoridade nossa no assunto, compendiador robusto da grande obra sobre as bandeiras paulistas, para a qual tem devotado os seus talentos e capacidades de historiador. É toda uma série em pleno desenvolvimento: São Paulo nos primeiros annos, 1920; Na éra das Bandeiras, 1920; Collectanea de Documentos da antiga cartographia paulista, 1922; Annaes do Museu paulista, t. I, 1922; Historia Geral das Bandeiras paulistas, tomos I e II, 1924, 1925.

A história pátria registava, até então, dados escassos, medrosos, isolados: relações entre espanhóis e portugueses nas proximidades de Guairá, a travessia terrestre do Governador do Paraguai, Nuno Cabeça de Vaca (1540), desembarcando em Santa Catarina e aproveitando parte do caminho