À margem da História do Brasil

elemento imprescindível de defesa. A exceção começa apenas em 1639, preâmbulo do "tremendo desastre paulista" de Mbororé (1641), em que os bandeirantes encontravam os jesuítas armados até mesmo de um canhão.

Mas que melhor argumento global poderia haver do que esse relativo à afirmaçãoo de que a história das bandeiras paulistas do sul foi arquivada em documentos espanhóis, vazios que ficaram sobre o assumto os arquivos portugueses?

E que outra contraprova melhor poderia existir do que aquele desejo de autonomia em 1640 com a tentativa malograda do governo oferecido a Amador Bueno? Pois não ficou nisso flagrante a influência espanhola até então exercida sobre as gentes dos planaltos paulistas?

De fato, o prurido de autonomia não era senão uma reação à submissão portuguesa, recebida ao sul que fora com frieza e indiferença a restauração da monarquia em Portugal, tão festivamente comemorada por todo o resto da colônia americana.

Há, porém, mais.

Foi a própria influência espanhola que orientou e estimulou as bandeiras paulistas na conquista do sul ao longo do grande vale do Paraná e do Uruguai. Raciocinemos com isenção. A alma das bandeiras viera formada da península ibérica: era a ousadia latina em seu pleno apogeu de glória: