À margem da História do Brasil

tráfico continuou, porém, intenso até 1853, apesar de ser de 1850 a lei de Euzebio de Queiroz. Falha o congraçamento político de 1848, a primeira tentativa de conciliação. Falha, como falhou em 48 ou 50, a extinção do tráfico. Vinga, no entanto, em 53, o mesmo ano que viu a realidade do comércio de escravos nulificado.

Desamparado dos conservadores extremados, onde procurar apoio o trono senão recorrendo aos liberais? Daí, a ideia da conciliação; daí, a noção salvadora de que o pensamento dela emanava diretamente de Pedro II, sendo Paraná, de fato, um mero executor. A conciliação por essa época significava, integralmente, uma "confusão" política...

Havendo sido o negro escravizado o movimentador oculto dos partidos, fica suficientemente claro que não havia propriamente ideias políticas de vitória.

Eram agrupamentos de homens políticos. Nada mais. E como haver?

Onde a cultura das realidades em que fossem desenvolvidas?

Com a vitória dos liberais em 1863, estava extinta a missão histórica do partido conservador. As denominações dos partidos tornam-se, em verdade, palavras vazias de sentido. Não sentiu isso Joaquim Nabuco. Viram, porém, o fenômeno lucidamente exposto, Euclydes da Cunha