À margem da História do Brasil

EUCLYDES DA CUNHA

III
In Memoriam

(Palavras proferidas a 15 de agosto de 1925 junto ao túmulo do escritor, a convite do \"Grêmio Euclydes da Cunha\"),

Apesar da intimidade que tendes tomado com a figura de Euclydes da Cunha, admiradores conscienciosos que sois de sua obra, colecionadores pacientes de seus papéis esparsos e arquivistas honestos dos detalhes de sua vida, penso que vou contar-vos, agora, um caso novo.

Refiro-me ao espanto com que Euclydes viu uma vez, na intimidade de um lar fraterno, a mulher de seu amigo, em hora matutina, atarefada em função mui caseira de cuidadosa serzidora de meias de família... Não vos descreverei a cena; nem a curiosidade mal velada do visitante, nem o espanto correlato da dona daquela casa, intrigada com a novidade confessada à puridade por Euclydes, de nunca haver visto semehante trabalho... Deixo-vos, tão somente, o inédito do caso, garantindo-vos, todavia, a sua autenticidade, relatado