"É a terra por tal forma grande que, em querendo a gente conhecê-la, reconhece o pouco que dela sabe ainda..." Isso que poderia ter dito um cronista do seculo XVI, quando foram feitas as primeiras descrições parcelares e ingênuas de nossa terra, de suas gentes e de suas riquezas: isso, que poderiam ter repetido os bandeirantes que durante os séculos XVII e XVIII traçaram com arrojo a epopeia da conquista dilatada de nossos latifundios; isso, que poderia ter sido proferido pelos naturalistas estrangeiros que no seculo XIX ilustraram os seus nomes, estudando uma parte notável do nosso hinterland; isso, essa mesma afirmação, em suma, pode ainda ser repetida hoje, em outra escala, pelos geógrafos nacionais, sem que no entanto contenha ela qualquer menosprezo pelos serviços até agora executados em torno da descrição cartográfica de nossa pátria". (V. L. Cardoso, Pensamentos Brasileiros, 1924).
"Não pretendo, todavia, assustar sem fundamento a curiosidade do leitor que me vai lendo. E observo, por isso mesmo, que as descrições sobre o São Francisco foram feitas até hoje, tão somente, por estrangeiros ilustres interessados no estudo de nossa terra: Martius, Spix, Burton, Saint-Hilaire, Halfeld, Krauss, Milnor Roberts, Liais, etc. A única exceção séria, que conheço, autenticada pela descrição notável de um trecho