Falei das fantasias durante as décadas republicanas. Referia-me aos projetos de canais do São Francisco ao Jaguaribe e a outro mais, visando outros vales, que bem denotam o arrojo, muitas vezes estéril de nossa imaginação tropical, no destemor com que desrespeita as realidades concretas do mundo físico. Mapas posteriores, organizados pela Inspetoria de Secas, então sob a chefia de Aarão Reis, vieram pôr em foco o disparate de tais projetos, nessa maneira lamentável e inopinada de projetar canais sem levantamentos geográficos preliminares de referência. Não exagero. Lembro o livro de Bouchardet que recheou o nordeste, aliviando-o das secas, com uma série fantástica de canais, sangrando o São Francisco... inofensivo dos mapas.
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Sem opinião pública devidamente orientada, não podem haver boas e eficazes realizações governamentais. Acredito, pois, que em breve uma opinião coletiva de particulares incentivará o governo da República ao zelo e melhoria daquela grande dádiva, que a natureza nos legou sem avareza. E recordo que se avolumam as vozes isoladas. É com prazer, pois, que registo o aparecimento próximo do relatório de H. Willemans, compendiando uma série de estudos geológicos importantes levados a efeito por órgãos do