À margem da História do Brasil

Victor Vianna, Gilberto Amado e Oliveira Vianna, de outro; uns, estudando a penetração e conquista da terra, tão somente; outros, procurando explicar e definir especialmente a nossa evolução social e política através dos eventos do passado. E espanta o fato, por isso que todos os sociólogos apontados se preocuparam esforçadamente, sob aspectos vários, em fixar as condições imperiosas e categóricas de nosso "federalismo centrífugo" neutralizado pela potência coesiva da realeza. E admira também — porque ocultar? — o proprio silêncio posterior de Euclydes, por isso que nas suas obras outras que foram, com mais calma e maior clareza, a expressão máxima de seus engenhos, não retomou o assunto grave e oportuno, com a agravante de se haver dele esquecido naquele balanço imponente em que falou, com pompa austera, da história do Império, fixando pelo verbo de seu estilo brasileiro o seu perfil inesquecível em nossas letras. (À Margem da Historia).

Certamente, a força centrípeta da realeza, revigorada com a vinda inopinada de João VI e seus 15 mil acompanhantes, reforçada pelo gênio do egrégio patriarca, domando o ânimo varonil de Pedro I, refundida pela energia aspérrima de Diogo Feijó, no momento talvez mais crítico de nossa história, e revigorada depois pela inteligência culta de Pedro II, servida pelo braço