unidade política, descoberta que, inteligentemente trabalhada por João Ribeiro, trouxe a remodelação de nossa história pátria, logo depois ampliada, aliás sem referências, por Capistrano de Abreu e Rocha Pombo; a súmula do relato de Varnhagen, autor, não do título de sua obra (História da Independência) mas sim, como honestamente confessou, das histórias das independências das províncias, tanta era a precariedade das ligações políticas daquela época, emancipadas que foram então as províncias sem unidade. E recordei, ainda sem detalhar, o apoio tácito sobre essa mesma falta de unidade em que redundam os quadros parcelados, que nos foram deixados por Armitage, Eschwege, Mawe, Luccock, ao sul, e Koster e Tollenare, ao norte, em que não foram esquecidas as impressões de perigo que colheram todos eles, estrangeiros, visitando a nossa terra e conhecendo de perto (o que não fizera Southey) as insuficiências orgânicas de um país extensíssimo, gozando de pouca penetrabilidade, escassamente povoado, geograficamente diferenciado, desorganizadamente administrado, desigualmente evoluído e aparelhado, em suma, sobre o qual pairavam ameaçadoras as possibilidades gravíssimas de um desmembramento político. Nem esqueci a exposição de Oliveira Martins durante a segunda metade do século passado, insistindo ainda pela dualidade do Brasil; nem, tão pouco, os escritos modernos de Oliveira