À margem da História do Brasil

Vianna, que nos legaram todos, cada um por sua parte, completando e ampliando o esboço inicial de João Ribeiro, a verdadeira consciência da nossa própria história pátria.

E esqueci, todavia, de citar um projeto originalnente cômico (denunciador do ambiente da época), de Silvestre Pinheiro Ferreira, aquele português diplomata e publicista para aqui emigrado, e que em 1843 propunha a Pedro II nada menos do que a "divisão do Império do Brasil em cinco monarquias confederadas" (Mello Moraes, História das Constituições, 1871).

Não fiz, de resto, naqueles trechos, nenhuma referência à obra silenciosa e notabilíssima do grande "solitário de nossas letras". Lembro-vos, porém, agora, com ênfase, o nome ilustre de Tavares Rastos, o grande crítico dos vícios do Império, uma das mentalidades mais robustas de nossa raça, aquele grande espírito queimado aos trinta e poucos anos, depois da realização de uma obra opulenta que não tem sido lida — e menos ainda citada — como devera. Tavares Bastos foi o pai, em verdade, dos escritos políticos nacionais em que foi firmado e provado o nosso federalismo orgânico, reflexo seguro do regionalismo peculiar ao nascimento e crescimento de nossos núcleos de população.