nome e a nossa cultura nos países de civilização mais avançada.
Presumo serem bem raros aqueles que não veem, na vinda de João VI e na Constituição subsequente do Império, motivos veementes aniquiladores daquele federalismo ingênito e robusto repontado em 1817 e 1824, sem falar nos outros movimentos, anteriores e posteriores, de não menor audácia. De igual sorte, suponho serem ecassos, apesar da zoeira de alguns iconoclastas barulhentos, aqueles que não veem em José Bonifacio a inteligência culta, domando o ímpeto aventureiro de Pedro I, permitindo, pela clarividência de seu espirito, pela austeridade de sua figura centralizadora e pela força de seu saber, a transição política pacífica, difícil e perigosamente executada — do 7 de setembro de 1822 ao 7 de abril de 1831, sem a qual teria talvez o Brasil, no fim do primeiro quartel do século XIX, estraçalhado a sua unidade política imponentíssima.
"A figura de José Bonifacio é, de fato, inconfundível: só ele, educado na Europa, onde aprendera a ver e a sentir o Brasil como um todo, sem nenhum espírito regionalista, poderia ter feito aquela obra eminente que lhe garante o título insigne de patriarca: José Bonifacio evitou, de fato, a transição violenta, com o perigo ameaçador da guerra externa e civil, dominando o ambiente de seu tempo: monárquico, por perceber