À margem da História do Brasil

como opinou Euclydes naquele seu livro mestre anterior àqueles escritos outros, em que com maior calma e mais certeza vaticinou que haveremos de ser "uma componente nova entre as forças cansadas da humanidade."

Mas não seremos nós mesmos a carne de nossa carne, o espírito de nosso espírito, sem que saibamos fundir numa consciência nacional "a política de nossa raça, ou de nossas raças, de nossa índole, de nossos próprios destinos", como disse a voz austera e amargurada de Alberto Torres, a figura eminente vencida na batalha do silêncio, o estadista gorado sem ambiente que lhe tivesse feito espocar o seu gênio de político, deflorando as energias do seu espírito másculo.

E nem nos esqueçamos de que: "Examinados, serena e severamente, os acontecimentos que exigiram a instituição da República, força é convir na verdade contida na asserção humilhante: a República não trouxe nenhum idealismo congênito: consequência política da evolução social sob o ideal abolicionista, o novo regime fixou, apenas na carta constitucional, pequenas ideologias, sem deixar sequer esboçado o verdadeiro idealismo orgânico e construtor nacional." (V. L. Cardoso, Afirmações e comentários, 1925).

Rio — junho — 1925.