Evolução industrial do Brasil e outros ensaios

e, logo depois, torna-se presidente da Companhia Frigorífica e Pastoril de Barretos (1919-1924). Eleito diretor da Companhia Nacional de Artefatos de Cobre (1926-1928), presidente da Companhia Nacional de Borracha (1926-1927) e presidente do Sindicato Nacional de Combustíveis Líquidos (1923-1928 ). Nesta época lidera a cisão da Associação Comercial e torna-se um dos fundadores do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (1928). Enquanto se dedica às atividades de construtor e industrial, outra tarefa o absorve, a do comércio do café. Prosseguindo tradição de família — como no caso de seu parente, o engenheiro Inácio Wallace da Gama Cochrane — torna-se sócio da Casa Comissária Murray Simonsen Co., que durante o governo de Washington Luís representou os banqueiros ingleses Lazard Brothers, um dos financiadores do Instituto Paulista de Defesa do Café.

A sua ação se multiplica após a revolução de 1930: participa ativamente da mobilização industrial paulista durante a revolta de 1932; elege-se deputado pela Assembleia Nacional Constituinte (1934) e exerce o cargo até 1937. É presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo (1933-1934) e da Confederação Industrial do Brasil (1935-1936). Sua ação diretora se alia a novas iniciativas, como a, fundação da Cerâmica São Caetano e da Companhia Imobiliária Nacional.

Durante o Estado Novo pertence ao Conselho de Expansão Econômica do Estado de São Paulo (1938-1941), ao Conselho Nacional de Política Industrial e Comercial, ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, etc. Após 1945, combate tenazmente o comunismo, idealizando a criação do SENAI e do SESI, órgãos ligados à Federação das Indústrias e destinados a melhorar as condições técnicas e humanas dos operários. Como senador — eleito em 1946 — apoia a cassação dos mandatos comunistas em 1947.

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Devo a Octavio Ianni a ideia da seleção das obras de Roberto C. Simonsen. O projeto era organizar uma antologia sobre o pensamento industrial brasileiro, de 1880 a 1945, onde Simonsen estaria incluído. Devido a Ianni e à aquiscência da Companhia Editora Nacional, a antologia sai em dois volumes. O outro incluirá trabalhos dos seus antecessores e contemporâneos.

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