Evolução industrial do Brasil e outros ensaios

INTRODUÇÃO

Roberto Cochrane Simonsen, ou Roberto C. Simonsen, como gostava de assinar, nasceu em Santos, a 18 de fevereiro de 1889 e morreu no Rio de Janeiro, a 25 de maio de 1948. Filho de Sidney Martin Simonsen e Robertina Cochrane Simonsen, estudou no Colégio Tarquínio Silva (Santos) e no Colégio Anglo-Brasileiro (São Paulo), ingressando com 15 anos na Escola Politécnica de São Paulo.

Em 1910 formou-se engenheiro, indo trabalhar na Southern Brazilian-Railway e, depois, na Prefeitura de Santos. Em 1912 funda, com diversos companheiros, a Companhia Construtora de Santos (1912-1940), firma pioneira, cujos planejamentos urbanísticos deram feição moderna à cidade: numa época em que as construções eram feitas empiricamente pelos empreiteiros, a Companhia executa projetos técnicos e arquitetônicos modernos; pavimenta parte da cidade e constrói armazéns e bancos, a Bolsa de Café e a Associação Comercial, a Base de Aviação Naval, etc. Para cuidar especificamente da construção de casas — o pioneirismo na capital paulista cabe aos ingleses, com a Companhia City — Simonsen instala a Companhia Santista de Habitações Econômicas, que realiza o bairro modelar de Vila Belmiro e um outro, de mais luxo, próximo ao Hotel Parque Balneário; no entanto, a construção de casas populares fica paralisada devido à crise de 1920.

Sua atividade como engenheiro civil atinge o ápice com a construção de quartéis, realizadas simultaneamente em 26 cidades e nove Estados. A encomenda foi de Pandiá Calógeras, Ministro da Guerra do governo de Epitácio Pessoa. As obras se iniciaram em 1920 (ver detalhes e informações em A construção dos quartéis para o exército).

Também as atividades industriais o preocupam: em 1912 já fundara a Companhia Frigorífica de Santos (que dura até 1919)

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