declinava no seu ocaso de séculos, o Brasil herdava dos seus pais já decrépitos um dos melhores tratos de terra que o mundo possui; território ainda maior que o dos Estados Unidos. Como esse herdeiro administrou a sua herança? Desenvolveu-a? Amanhou e cultivou a terra? Ou teria preferido levar uma vida de dissídios e disputas? E os seus inquilinos, são eles felizes, vigorosos, instruídos e laboriosos? Ou os oprime o senhorio talvez até em seu próprio detrimento? Os senhores de terras e os homens que governam o país não passam de cinco milhões: o resto da população, a parte do povo que está em contato direto com o solo, eleva-se a 35. O nosso óculo de campanha está focalizado sobre o homem do campo. Estamos apenas interessado em conhecer a influência que a natureza exerceu sobre esse homem. Se nos referimos ao clima, às florestas e à conformação da terra, é porque esses elementos condicionam o desenvolvimento do homem. Com outras cousas não nos preocuparemos na composição deste trabalho. Não entraremos no campo das letras e nem no das indagações de belezas a fim de deixarmos espaço suficiente para o estudo de capítulos tais como o anquilóstomo e o analfabetismo das massas. O mundo todo já conhece de sobra esse povo interessante que habita a Guanabara: conhece bem o Rio - a cidade maravilhosa — São Paulo — o centro industrial. Quem ler este livro aprenderá também alguma cousa sobre o homem que vive na choupana de barrote; sobre o gaúcho que tange o gado no Rio Grande; sobre o matuto que abre a sua clareira à borda da floresta; sobre o sertanejo, produto das secas e da fome que lavram as áridas zonas