dos povos. Nas grandes epidemias, que frequentemente assolavam a humanidade, eles se distinguiram em todos os países pela heroica abnegação, que custou o sacrifício da vida a centenas deles.
A prodigiosa difusão e a numerosa série de santos, que a ilustraram em todos os tempos até os nossos dias, constituem prova evidente de que lhe não faltou a bênção de Deus.
No ano de 1536 os capuchinhos eram apenas quinhentos.
Em 1571 a Ordem possuía mais de trezentos conventos, com um número superior a três mil religiosos.
No século XVIII os capuchinhos atingiram o seu máximo desenvolvimento e o seu período áureo, contando cerca de 32.821 religiosos e 63 províncias, sem contar as missões do Brasil, Congo, Estados Bérberes, Grécia, Síria e Egito.
Presentemente a Ordem conta 54 províncias e pouco mais de 11 mil religiosos. A supressão das diversas ordens religiosas em muitos países, as guerras e outras circunstâncias fizeram baixar o número sem que isso importe em decadência moral.
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A organização hierárquica dos religiosos capuchinhos no Brasil, durante mais de dois séculos e meio, dependeu exclusivamente da Sagrada Congregação da Propagação da Fé.
Os capuchinhos vinham como missionários e eram recrutados entre os religiosos das diversas províncias monásticas, já constituídas na Europa. Para o Governo dos missionários havia Prefeituras e vice-Prefeituras apostólicas e um Comissariado Geral na capital do país.
Em 1896 entrou em vigor, para os capuchinhos no Brasil, o Decreto da S. C. de P. F. de 1893, em virtude do qual eram abolidos o Comissariado Geral e as Prefeituras, ficando estabelecido o princípio de confiar as missões às Províncias,