ministros, estas cartas nos revelam episódios inéditos, ou minúcias de outros: o regresso de Caxias, dando a guerra do Paraguai por finda; a nomeação do Conde d'Eu para o comando do Exército; os desânimos deste Príncipe, alguns incidentes devidos à sua inexperiência de jovem e as suas relações nem sempre pacíficas com Rio Branco, enviado extraordinário, e Muritiba — ministro da Guerra; os desejos do Conde d'Eu de desembarcar no Rio de Janeiro à frente de uma legião de cinco mil a seis mil voluntários; certos assomos de indisciplina militar e alguns incidentes entre generais e "casacas"; episódios e intrigas diplomáticas do pós-guerra; aspectos das tendências e divergências da Argentina na liquidação da guerra e na conclusão da paz; a espécie de paixão política do Imperador por Paranhos desde a formação do gabinete Itaboraí — insistência, por assim dizer, terna de confiança, em que resuma o arrependimento da grande injustiça antes irrogada àquele estadista; a orientação pessoal do Imperador no fim e liquidação da guerra do Paraguai; a sua reação anticlerical, promovendo a secularização dos conventos, a extinção dos noviciados, o casamento civil, a separação da Igreja e do Estado, meios coercitivos às exorbitâncias do clero; as suas tendências ao ensino leigo; sua irritação contra os bispos, causadores da questão religiosa; sua ação infiltrante pela abolição.
E com isso vivos traços da psicologia, já de D. Pedro II e Cotegipe, já de Caxias e Osório, Mitre e Conde d'Eu, Rio Branco e D. Antônio Macedo Costa...
Enquanto não forem publicadas as notas quase diárias do Imperador, os protocolos que fazia de muitos dos incidentes da política nacional, as impressões