I
Há cerca de 50 anos, o grande objetivo dos sociólogos e historiadores era formular aquilo que chamavam pomposamente "as leis gerais da evolução dos povos". Spencer havia estabelecido as leis da evolução universal, Darwin descoberto as leis da seleção das espécies e Haeckel lançado os fundamentos da teoria transformista.
Seguidores fiéis dos caminhos abertos por esses grandes mestres, numerosos pensadores entraram para logo a pesquisar, no domínio das ciências morais e políticas, a verificação dessas surpreendentes leis evolutivas, à luz de cujo conhecimento se haviam tão larga e profundamente clareado os horizontes das ciências naturais. Todas as grandes instituições e todos os aspectos da vida social foram revolvidos, escrutados e analisados: o direito, a política, a arte, a religião, os costumes, a língua. Todos os grandes povos da história foram intimados a dar o seu testemunho: dos grandes povos modernos aos grandes povos antigos, árias, egípcios, assírios, babilônios, caldeus, hebreus, gregos, romanos. Todas as raças foram chamadas a exame: desde as