Advogou a causa das nações: eis a Conferência de Haia. Advogou a causa da Humanidade: eis o Sermão da Montanha, em Buenos Aires. Bem vedes que, com tais clientes, não é preciso mais para provar que o traço principal da sua vida foi o do advogado, esse que subsistia indelével até nas suas maiores atitudes.
Entra a vida como advogado dos cães, punge barba como advogado dos homens, amadura como advogado das nações, envelhece como advogado da humanidade. Grande existência, grande advogado, grandes clientes, grandes causas.
Que a humanidade, as nações e os particulares lhe pagaram a dívida do reconhecimento, sabemo-lo todos, e está na vossa consciência, senhores Ministros, que lhe não ratinhastes o vosso. Que os nossos irmãos inferiores, na frase do santo de Assis, que os cães lhe tenham pago à sua, é lá com eles. Criaturas de Deus, cuja língua não entendemos, e que não entendeis a nossa língua, falai com os da vossa raça. Eu, de mim, falo aos homens.
Ministros do Supremo Tribunal do Brasil, não desdoirastes a vossa toga, quando empenhados em mostrar à posteridade que havíeis feito justiça ao grande morto, pedistes a Deus que o seu espírito "paire sempre sobre o Brasil como um nume tutelar."
Não descestes do pedestal da vossa investidura. Não desmerecestes dos vossos concidadãos. Não abdicastes da vossa excelsitude. Elevastes-vos, antes,