dos sociólogos e historiadores, como SYLVIO ROMERO e JOSÉ VERISSIMO, basta recordar o que se passava nos centros de cultura, onde se moviam os especialistas na ciência do Homem: naturalistas como BAPTISTA CAETANO e BAPTISTA LACERDA, ou médicos como MOURA BRASIL, ERICO COELHO, JANSEN FERREIRA e, principalmente, NINA RODRIGUES.
Este grupo de espíritos, na sua maior parte médicos, estavam então vivamente empenhados em estabelecer a discriminação, sob critérios rigorosamente científicos, dos caráteres diferenciais das três raças formadoras da nossa nacionalidade: a negra, a americana, a caucásica. Eles já haviam observado que essas raças, esses "tipos antropológicos" como diriamos hoje, não reagiam de uma maneira idêntica aos diversos estímulos vindos do meio social ou do meio cósmico: cada qual parecia ter uma individualidade própria, uma maneira peculiar, uma forma específica de reação.
É assim que MOURA BRASIL já havia notado, na sua vasta clínica oftalmológica, certa tendência preferencial do tipo negro para o glaucoma; havia mesmo começado a observar uma certa variação no campo visual entre as três raças formadoras. JANSEN FERREIRA, por sua vez, já discriminara certas particularidades da raça negra, observadas no domínio da sua clínica ginecológica. ERICO COELHO, notável professor da Faculdade de Medicina, havia encontrado também correlações diferenciais entre o puerperismo e as três raças