ainda hoje, o estudo desse problema delicado, por certo o mais delicado e importante problema da antropologia social. Há ainda uma outra causa, tão poderosa como a primeira — e é a confusão trazida à compreensão da psicologia das raças pela noção das "raças nacionais" e das "raças históricas".
Na verdade, o que se tem feito até agora com o nome de psicologia diferencial de "raças" não tem sido outra coisa senão má ou boa psicologia diferencia de "povos", ou mais propriamente, de "etnias".
Diziamos, por exemplo, que a psicologia da raça francesa era tal; mas, quando assim nos expressávamos, o que realmente queríamos dizer era que a psicologia da etnia francesa era tal. O mesmo se dava quando tentávamos definir a psicologia da "raça inglesa", da "raça alemã", da "raça italiana" — e assim por diante. Em todas essas "psicologias" o que fazíamos, realmente, era a caraterização dos atributos diferenciais da mentalidade coletiva de cada um desses grupos racionais: o povo francês, o povo inglês, o povo alemão, o povo italiano, etc.
Houve, entretanto, para esta confusão inicial uma razão justificativa. Na época em que dominou o conceito das "raças históricas" e das "raças nacionais", os métodos de análise antropológica diferencial não haviam ainda atingido a exatidão que atingiram na atualidade, nem as pesquisas antropométricas se haviam realizado com a extensão e a sistematização da época atual. Os alemães pensavam então que eram