Raça e assimilação

as populações aborígenes da América pertençam a um tipo único.

O mesmo poderíamos dizer em relação ao grupo negro; também ali há vários tipos — e não um tipo único. Como acontece com o branco e com o índio, também, em face dos dados antropométricos obtidos sobre as diversas populações africanas, poderíamos dizer que não há uma raça negra, mas sim vários tipos negros.(24) Nota do Autor Raça negra é hoje uma expressão genérica, sem sentido antropológico definido, semelhante às expressões "raça mongólica", "raça caucásica", "raça latina", ou "raça brasileira" (no sentido de um tipo antropológico único para toda a população brasileira).

Se os tipos fundamentais são assim numerosos, é também difícil conceber a unificação num tipo único — o mulato — de todos os mestiços surgidos dos múltiplos cruzamentos e recruzamentos dos tipos brancos com os tipos negros. Será lícito operar sobre essa variedade de mestiços nacionais como se todos eles não passassem de flutuações em torno de um tipo comum? O que parece mais provável é que, dos tipos mestiços surgidos dos cruzamentos entre os diversos tipos brancos com os diversos tipos negros, só um certo número sobrevive, isto é, oferece condições de estrutura biológica capazes de assegurar-lhes a sobrevivência num dado meio.

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