Raça e assimilação

Este constante afluir de novos elementos puros, impedindo a miscigenação completa, é ainda mais sensível no grande grupo ariano. Este grupo, que é presentemente o mais rico de full-bloods, principalmente no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo, já estaria inteiramente infiltrado dos dois sangues bárbaros, se a defesa da sua integridade caucásica estivesse ainda hoje entregue exclusivamente àquelas forças que, durante os três séculos coloniais e mesmo durante o Império, impediram a ascensão dos mestiços à "nobreza da terra" e às classes aristocráticas (preconceitos de raça, de classe, de origem; ideais de beleza plástica, etc.). Este sistema de forças de repulsão e defesa, por si só, não evitaria que os puros-sangue arianos, concentrados nas camadas superiores, acabassem contaminados pelo sangue do negro e pelo sangue do índio, para ali careados pela "capilarização" progressiva dos mestiços superiores.

Dois fatos, entretanto, de origem relativamente recente, que não datam de mais de um século, vieram embaraçar e, talvez mesmo, interromper esta evolução do grupo ariano para o melting-pot: o advento da imigração europeia e a formação consequente dos núcleos coloniais.

Os núcleos coloniais têm exercido modernamente, nos séculos XIX e XX, em relação ao grupo ariano, uma função muito análoga à que exerceram, no período colonial, as "aldeias" em relação ao grupo indígena, os "engenhos" em relação ao grupo negro e a "nobreza" em

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