Populações meridionais do Brasil

ter, se se mantivesse adscrita ao campo da pura exegese documentária.

Há hoje um grupo de ciências novas, que são de um valor inestimável para a compreensão científica do fenômeno histórico. É a antropogeografia, cujos fundamentos lançou-os o grande Ratzel. É a antropossociologia, recente e formosa ciência, em cujas substruções trabalharam Gobineau, Lapouge e Amon, genios possantes, fecundos e originais. É a psicofisiologia dos Ribots, dos Sergi, dos Langes, dos James. É a psicologia coletiva dos Les Bons, dos Sigheles e principalmente dos Tardes. É essa admirável ciência social, fundada pelo genro de Le Play, remodelada por Henri de Tourvile, auxiliado por um escol de investigadores brilhantes, Demolins, Poinsard, Descamps, Rousiers, Préville, cujas análises minuciosas da fisiologia e da estrutura das sociedades humanas, de um tão perfeito rigor, dão aos mais obscuros textos históricos uma claridade meridiana.

II

Este livro é uma tentativa de aplicação desses critérios novos à interpretação da nossa história e ao estudo da nossa formação nacional. Todo o meu intuito é estabelecer a caracterização social do nosso povo, tão aproximada

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