desenvolvem. Silenciosa, obscura, subterrânea a sua influência hoje, é, no passado, principalmente nos três primeiros séculos, poderosa, incontestável, decisiva.
Reagindo sobre a evolução e a organização dos nossos poderes públicos, essas populações determinam, com efeito, a poderosa reação político-administrativa, que se inicia, ao sul, depois da guerra dos emboabas e que enche com o seu desdobramento todo o século III e quase todo o século IV. Desta reação sofrem, por seu turno, a impressão consequente e guardam dela, na sua mentalidade, os sinais sensíveis e indissimuláveis. Elas explicam, por outro lado, pela sua formação e estrutura, muitas singularidades e deficiências da nossa evolução social e da nossa psicologia coletiva. Elas formam, por fim, numa população de cerca de vinte e cinco milhões de almas, uma massa muito superior a vinte milhões.(1) Nota do Autor
O peso dessa massa colossal não pode ser desprezado. É preciso calcular-lhe o valor exato, para lhe dar o lugar que merece no sistema das forças sociais, que elaboram a nossa civilização. Esquecidas até agora pelos nossos publicistas, historiadores e estadistas, é tempo de fazer justiça a essas gentes obscuras do nosso interior, que tão abnegadamente construíram