Sonoros, coloridos, brilhantes embora, esses otimistas só o são aparentemente. Sondai-lhes bem o fundo da alma - e o que encontrareis, sob os aspectos vistosos da confiança, do entusiasmo e da fé nos destinos da pátria, é a vasa má do mais desalentado pessimismo. Eles temem apontar um defeito do seu povo ou assinalar uma incapacidade da sua raça, porque não creem que o homem se possa refazer a se mesmo pela ação da própria vontade. São fatalistas a seu modo, fatalistas insubmissos, que não se resignam, como o muçulmano, à fatalidade, mas a iludem, a falseiam, a colorem de idealidades e esperanças. Como os fumadores de ópio, gozam a volúpia dos paraísos artificiais e encontram nessa ilusão procurada a sensação eufórica da força, da grandeza e do triunfo.
Há um século estamos sendo como os fumadores de ópio, no meio de raças ativas, audazes e progressivas. Há um século estamos vivendo de sonhos e ficções, no meio de povos práticos e objetivos. Há um século estamos cultivando a política do devaneio e da ilusão diante de homens de ação e de preia que, por toda a parte, em todas as regiões do globo, vão plantando, pela paz ou pela força, os padrões da sua soberania.
Nesse contato, que se torna cada vez mais estreito, o nosso destino já está pré-traçado. É