seria capaz de doer-se daquela viva e formosa página alegórica. Jeca Tatu não é o Brasil, felizmente para nós. Não é o Brasil todo. Mas é uma parte do Brasil, cuja existência seria impossível encobrir.

A alegoria é um dos processos mais enérgicos de dar a sentir a verdade. Toma, às vezes; aspectos que, à primeira vista, desorientam. Quando Swift escreveu a sua proposta para aproveitar em salsichas e almôndegas a carne das crianças irlandesas, qual era o seu intuito? Verberar a indiferença com que a Inglaterra as via morrendo de fome aos milhares. Ruy, descrevendo o Jeca Tatu, não pensou em caluniar o Brasil. A sua alegoria visava mais alto. Visava chamar a atenção dos governos para o triste embrutecimento em que a sua desídia estava deixando vegetar a grande maioria da nossa população rural. Jeca Tatu não existe mais na cidade. Quem viajar um pouco, todavia, se tiver olhos para ver, terá de confessar que o grande tipo de Monteiro Lobato enxameia por todo o interior.

* * *

Outro ponto essencial do problema brasileiro é a instrução. Neste assunto as ideias