Diretrizes de Rui Barbosa

arribana. O luxo do toucinho pendente de um gancho à cumieira. À parede, a pica-pão, o polvarinho de chifre, o rabo de tatu e, em para-raio, as palmas bentas. Se a cabana racha, está de "janelinhas abertas para o resto da vida". Quando o colmo do teto, aluído pelo tempo, escorre para dentro a chuva, não se veda o rombo; basta aparar-lhe a água num gamelo. Desaprumando-se os barrotes da casa, um santo de mascate, grudado à parede, lhe vale de contraforte, embora, quando ronca a trovoada, não deixe o dono de se julgar mais em seguro no tico de uma árvore vizinha.

O mato vem beirar com o terreirinho nu da palhoça. Nem flores, nem frutas, nem legumes. Da terra, só a mandioca, o milho e a cana. Porque não exige cultura, nem colheita. A mandioca "sem vergonha", não teme formiga. A cana dá a rapadura, dá a garapa, e açúcara, de um rolete espremido a pulso, a cuia do café.

Para Jeca Tatu "o ato mais importante da sua vida é votar no governo". "Vota. Não sabe em quem. Mas vota". "Jeca por dentro rivaliza com Jeca por fora. O mobiliário cerebral vale o do casebre". Não tem o sentimento da pátria, nem, sequer, a noção de país. De

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