Há quem defenda esse sistema com o argumento de que um corpo eleitoral cuja alfabetização tinha por limite o garranchear do próprio nome, não devia votar senão de cruz, no candidato indicado pelas forças vivas da Nação. O argumento é inepto. Mas, então, para que tantos gastos, trabalhos e canseiras? Por que construir sobre a mentira todo um sistema político? Por que não decretar logo, sem embargos, a eleição direta pelo Congreso?
Nada contribuiu mais para a desmoralização do regime do que a consagração desse simulacro. O exercício do voto ficou completamente desmoralizado. Os melhores elementos sociais desertaram das urnas, entregues aos cabos eleitorais, cuja alçada abarcava apenas os elementos inferiores da cultura e da representação social. Um regime desses, bem é de ver, tinha que dar no que deu...