A inteligência do Brasil: ensaios sobre Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha e Rui Barbosa

PREFÁCIO DA 2ª EDIÇÃO

Em Inteligência do Brasil reúno alguns ensaios já publicados em livros cujas edições há muito tempo se esgotaram. Em meio de tantos escritos de um período de intensa, embora frequentemente dispersiva, atividade intelectual, escolho, é claro, os que menos me desagradam e ainda hoje, três ou quatro lustros passados, traduzem a essência do meu pensamento sobre certas condições da vida nacional, as diretrizes da evolução das nossas letras e quatro figuras que, nelas, me parecem as mais marcantes. Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha e Rui Barbosa foram, não diriam os meus ídolos, porque sempre tive muito fraca, mesmo nos verdes anos, a inclinação para as idolatrias, mas os grandes motivos de minha admiração. Minha e dos moços de minha época. Eram para nós as glórias mais altas da inteligência e da cultura brasileira. Anos seguiram-se, e dos mais agitados e confusos usos que registra a história da civilização. Surgiram novas ideias e nova estética, criando para as gerações que sucederam à nossa diversa compreensão da vida e diferente sensibilidade artística. Não creio que os jovens de hoje possam sentir tão profundamente Machado de Assis, como nós outros, amanhecidos para

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