não pode ser proposta como remédio imediato para um mal agudo. Em sociologia, mais do que no resto, pouco se pode fazer para alterar um sistema atual. Quanto aos adultos e aos velhos - é quase certo - nada vale o preconceito. Não é de esperar qualquer transformação nos seus hábitos de trabalho incerto e indisciplinado. Mas resta a grande massa dos moços, ainda não definitivamente fixados nos costumes meio-índios do viver ao léu da vida. É a maior massa, que poderá ser desde já orientada para o trabalho agrícola regular, como o que se faz no sul, e, um dia, se há de fazer no próprio norte.
Algumas "colônias" bem organizadas e bem localizadas, poderiam preparar na atividade sistemática necessária, os que precisam emigrar, ou mesmo os que terão de praticar a cultura de irrigação.
Sei bem que esta minha utópica sugestão será, para muita gente, ideia absurda de um naturalista transviado. Muitos dirão que a manutenção dos institutos existentes já é tão difícil. Como pensar em outros? Mas não se trata de estornar um vintém de nenhum orçamento escolar existente. A metade, ou mesmo a terça parte, do que hoje se gasta com a imigração estrangeira seria o necessário para preparar a imigração nacional, quando ela não puder ser evitada.