MONARQUIA E REPÚBLICA NA ARGENTINA

Depois da sua independência, o espírito que prevalece na Argentina é o monarquista. Mariano Moreno foi o único que pela Gazeta de Buenos Aires pregou a república. Mas a impressão produzida por ele não passava além dos moços que se reuniam nos Cafés do Marcos e do Catalanes e para os quais o Contrato Social de Rousseau era uma bíblia. Thomaz de Anchorena, amigo e conselheiro de Belgrano e primo de Rosas, reflete a opinião da época nestas palavras: "El famoso Señor D. Mariano Moreno cuya obra solo puede servir para disolver los pueblos y formarse de ellos grande conjunto de locos furiosos y de bribones". Mas o próprio Moreno, no testemunho de Oliveira Lima, esteve ao lado de Belgrano, Pueyrredon e Gastai quando estes ofereceram a coroa de Buenos Aires a D. Carlota.

Parece provado que Moreno morreu envenenado, caminho do exílio, por dizer que se devia levar ao cadafalso um certo Duarte que, num banquete, ousou levar à cabeça de Saavedra uma coroa simbólica. Buenos Aires também teve o seu Amador Bueno!

O centro coordenador das ideias de independência argentina estava na já referida Loja de Lautaro, ideada provavelmente por Miranda. A