Pelo Brasil maior

cerca de 60 sacerdotes. (O seminário de Olinda era uma edição revista e aumentada da Universidade de Coimbra). Nas lutas da independência, nos movimentos políticos de 1824, 1837 e 1842 houve sempre a batina, às vezes servindo de bandeira. É inegável que sob o ponto de vista do patriotismo a sua atitude merece muitas vezes simpatia. Mas a infração dos votos religiosos é patente e inecusável.

Vejam-se as relações do clero com a maçonaria. Viveram de meigo a meigo, de cama e pucarinho, apesar da bula de Clemente XII, que desde 1738 havia excomungado os pedreiros livres.

Bem sei que a maçonaria, a que pertenceram, tinha como objeto imediato, até certa época, a política da independência americana e depois a da sua consolidação. Animada pelo pensamento de Miranda, o verdadeiro precursor da independência sul-americana, acredito que a maçonaria aqui nunca tivesse tido, ao menos sistematicamente, os intuitos demolidores que lhe emprestava o Vaticano ao fulminá-la. Não obstante, força é convir que os padres engajados nas suas hostes infringiam abertamente as prescrições canônicas. Encarada a questão sob um aspecto mais profundo, nada havia que pudesse compensar no organismo nacional, alimentado pelo catolicismo, a perda dessas células vitais.

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