Pelo Brasil maior

população de 40 mil habitantes contava 20 mil negros. Quem lho pode imputar como um crime?

O PRESIDENTE ESCRAVOCRATA

Os Estados Unidos não tiveram base diferente nem origem mais pura para o prodigioso progresso que hoje ostentam. Tão normal era a escravidão no modelo e padrão das liberdades americanas, tão evidente era a indispensabilidade do negro que o próprio Washington tinha escravos, de que não podia prescindir o seu serviço doméstico. Mas há mais ainda. O grande Lincoln em suas proclamações de 22 de setembro de 1862 e 10 de janeiro de 1863 mandou que os escravos que tivessem a necessária aptidão fossem admitidos no Exército e na Armada. À luz do rigorismo verbal, que conduz a tantos absurdos, tanto o patriarca da liberdade Americana como o seu grande êmulo foram também escravocratas.

Ou os presidentes da república terão contra os adjetivos desagradáveis a imunidade que o ódio republicano denega tão facilmente aos monarcas?

Não percamos, porém, o fio. Volvamos à escravidão no país.

O Brasil viveu do negro desde os albores da nacionalidade.

As plantações de açúcar e a extração de pau-brasil, nossa primitiva riqueza, as explorações minerais

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