decretado um empréstimo de 200, 300 ou 400 mil contos para indenizar a propriedade servil e extingui-la e teria resolvido sem atritos, injustiças e abalos o grande problema. Teria criado outro com certeza. Mas mil vezes menos grave.
A INFLUÊNCIA DA COROA
Não o fez. Apesar da sorita de Nabuco de Araujo demonstrar que em última análise a Coroa era o único e verdadeiro poder, imensas restrições sofria este. Como os delgados cordeis que em Liliput reduziam Gulliver à imobilidade, os laços de mil conveniências políticas e administrativas tolhiam-lhe os movimentos e peavam-lhe a iniciativa. O seu poder discricionário em muitos casos era apenas aparente.
Não era um problema tão fácil como se afigura a muita gente o de extinguir a escravidão. A grande nação norte-americana só lhe encontrou a solução na formidável guerra que a ensanguentou por tantos anos. Hoje se verifica que foi precária tal solução. Os Estados Unidos ainda estão a braços com o problema negro, que é o quebra-cabeças dos seus estadistas.
Aqui no Brasil ainda em 1889 os abalos da abolição foram terríveis. No Maranhão, a família