Pelo Brasil maior

Quanto aos importadores de negros e seus patronos, não!

Esses eram diretamente responsáveis pelo incremento do mal, que as nossas leis procuravam cortar. Nunca lhes perdoaria.

Uma série de fatos públicos e notórios comprovam esses sentimentos do Imperador. Pereira Marinho, na Bahia, fizera-se opulento no tráfico. Depois de deixá-lo, tudo envidou para ter do Governo uma condecoração, um título, uma fita, qualquer coisa enfim que lhe lavasse a fortuna da mancha original. Embalde. O Imperador nunca transigiu. Pereira Marinho fez-se conde. Mas em Portugal...

A bisneta dum dos maiores fazendeiros do Estado do Rio, senhora de rara inteligência, e com bastante espírito para não se melindrar do erro de seus antepassados, contou-me há dias que seu bisavô preparara regiamente a sua fazenda para hospedar o monarca. Mas importara escravos.

O Imperador declinou da sua hospitalidade, aboletando-se num sobrado da vila próxima. E tratava-se dum Breves, isto é, da mais influente, e opulenta família fluminense!

Pereira da Silva, o historiador do Segundo Reinado, cardeal entre os conservadores, poderosa influência saquarema, amigo íntimo de Paulino e Itaboraí, teve um dia como advogado, de aceitar o patrocínio de um negreiro. Nunca lho perdoou

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