Quem encarcerou Bernardo Jovellanos? Quem mandou fuzilar os próprios irmãos?
Que diferença entre a nossa escravidão e a paraguaia! O nosso imperante achou-se a braços com um fato que empregou todos os esforços para remover. Quis fazê-lo gradualmente para não abalar o edifício nacional, paradoxalmente apoiado na escravidão, como, aliás, o dos Estados Unidos de então. Não o conseguiu. Mas era de coração abolicionista. Lopez, ao contrário, recebeu um fato que fez tudo por agravar, pela desumanidade, consolidar, pela tortura e generalizar pelo terror. Transformou seu país numa imensa senzala. E quando morreu ainda imperava a escravidão no Paraguai. Fato muito esquecido: coube ao conde d'Eu, marechal do exército e comandante em chefe das forças brasileiras em operações no Paraguai, a iniciativa de extingui-la. O decreto do presidente Rivarola que realizou essa medida é a melhor prova dessa intervenção, que consigna e agradece.
MENTIRAS MASCARADAS
Mitre, o excelso patriota que tirou do caos a Argentina moderna, observava a um amigo "há por aí muitas mentiras que correm mundo vestidas de verdades republicanas".